terça-feira, 9 de junho de 2015

A Longa Marcha - Resenha



O escritor norte-americano Richard Bachman não tem um séquito de fãs e os seus poucos livros publicados nunca configuraram entre os mais vendidos. Adepto de um estilo baseado bem ficção pulp, mas geralmente com tramas centrados no cotidiano do cidadão médio dos EUA, Bachman é o autor desse desconhecido A Longa Marcha, típico romance de rodoviária, mas que ainda assim, antes de Jogos Vorazes, Maze Runner e do Battle Royale, já colocou adolescentes em situações extremas de sobrevivência.

OBS: O livro O Senhor das Moscas, publicado em 1954 por William Golding, também, de certa forma, já trabalhava com o arquétipo de luta pela sobrevivência envolvendo adolescentes, mas esse exemplar do Bachman é o que mais se aproxima de Jogos Vorazes e outros atuais com temática semelhante.

 A trama de A Longa Marcha, segundo livro de Richard Bachman, é até bem simples: Após a Segunda Guerra Mundial, os EUA se tornam uma sociedade altamente militarizada. Nesse contexto, cem garotos se inscrevem, por livre e espontânea vontade, em uma competição de resistência que dá título ao livro. O vencedor da referida competição poderá ter como prêmio o direito de obter qualquer (e qualquer mesmo!) desejo realizado.

Seria mais uma competição comum se não fosse uma regra básica: aquele competidor que for advertido três vezes por diminuir o seu ritmo de caminhada durante a prova, será eliminado. E vale lembrar que o termo “eliminado” aqui não é apenas uma metáfora. A regra é clara, diria Arnaldo César Coelho comentando a narrativa: Falhou três vezes, o sujeito será então friamente executado. Além disso, não há linha de chegada e a prova será encerrada apenas quando restar um sobrevivente.

A tal da marcha, transmitida via televisão para o mundo inteiro, dura dias. Sendo assim o calor, o frio, as câimbras, a fome, a sede, a tristeza, a alegria, o medo e mais um misto de emoções acompanham os competidores, além é claro, dos fiscais de prova, que misturados na multidão, vigiam o comportamento e o ritmo dos atletas. Como podemos ver, para um livro publicado em 1979, qualquer ironia aos atuais reality shows de hoje é mera coincidência.

É bem verdade que Bachman sacrificou extensas descrições de cenários e pessoas e se preocupou em mergulhar mesmo no aspecto psicológico de cada personagem. O autor, que não era bobo nem nada, sabia que se concentrar em cem personagens seria um trabalho hercúleo. Portanto, Bachman focou a sua caneta em quatro personagens: Ray Garraty (o protagonista), Peter MCvries (quase como o sidekick do protagonista), Stebbins (que fez as vezes do ponto de equilíbro entre os personagens) e Gary Barkovitch (aquele tipo de antagonista preparado essencialmente para arrancar palavras de ódio do leitor).

Há ainda um personagem que Bachman sabiamente deixou nas sombras: o Major, o sujeito idealizador da competição, um cidadão que aparece esporadicamente durante a narrativa e ninguém sabe quem (ou o quê) ele é. Será que o cara é uma espécie de entidade sobrenatural ou é só um maluco autoritário? Bachman espertamente deixa o leitor pensar a respeito disso.

Em suma, A Longa Marcha é uma dessas histórias que representa não apenas uma aventura de superação física, mas também, uma jornada de amadurecimento e também um mergulho no lado mais sombrio da mente humana. Afinal, os competidores passam por ruas e cidades e se deparam com o cruel voyeurismo do público, que os observa com um fascínio mórbido brilhando nos olhos. Principalmente quando um atleta, digamos assim, leva o tão indesejado cartão vermelho. 

Inclusive, podemos até aferir que a crueldade do público (e também do próprio leitor) é a verdadeira vilã de A Longa Marcha, mérito para o autor Richard Bachman, que, nunca foi um autor famoso capaz de arrastar multidões para uma livraria, até que anos mais tarde revelou que ele era apenas o pseudônimo de um outro conhecido escritor. Isso mesmo, o obscuro Richard Bachman todo tempo era o pseudônimo de um tal de...

Stephen King!

sexta-feira, 5 de junho de 2015

A Liderança Ideal



No universo das grandes empresas, é de praxe que os colaboradores tenham que encarar líderes autoritários, alguns até ditatoriais. Por outro lado, há também o líder exigente. Esses dois perfis de liderança são distintos e a diferença existente entre eles é nítida.

Liderança autoritária

Líderes de característica autoritária exaltam o aspecto da hierarquia e apreciam dar ordens. De uma forma geral, o profissional com esse tipo de perfil inspira mais medo do que respeito, uma vez que este tipo de líder prefere destacar erros e não apontar caminhos para saná-los.

Ambientes de trabalho que são preenchidos por esse tipo de liderança podem ficar pesados, engessados e desprovidos de harmonia, fatores que podem desestabilizar e prejudicar todo o trabalho. Por outro lado, a liderança autoritária pode ser necessária em algumas situações específicas, especialmente quando os funcionários denotam conformismo e falta de ânimo.

No entanto, a liderança autoritária pode se tornar um grande problema quando aplicada sem moderação. Isso porque a atitude resulta em grande rotatividade de empregados, pouca identificação dos funcionários com a instituição, pouca vontade de inovação e relações interpessoais adoecidas.

Líderes exigentes

Líderes exigentes são profissionais que compreendem melhor as individualidades da sua equipe de trabalho. Além disso possuem segurança e conseguem inspirar o melhor de seus colaboradores.

O líder exigente é rigoroso em seus princípios e deixa bem claro que as metas serão atingidas quando todos forem imbuídos em alcançá-las. Esse tipo de líder consegue estabelecer ambientes de trabalho harmoniosos e democrático, em que a criatividade do funcionário é valorizada e as relações interpessoais acontecem de maneira equilibrada.

Líderes exigentes são cada vez mais comuns e procurados pelas empresas, enquanto o espaço para a intransigência e arrogância fica cada vez menor. Isso porque atuar em uma empresa que tenha ambiente positivo e saudável é o desejo de todo trabalhador que, por consequência, será mais comprometido e produtivo.

Entrevista de Emprego



A entrevista de emprego é um dos momentos decisivos para quem está em busca de recolocação no mercado. Talvez por isso, muitos profissionais ainda que dominem todas as competências para o cargo pretendido e também as referentes à sua profissão, não consigam sair-se tão bem durante um processo de recrutamento e demonstrar estas qualidades quando de frente com o entrevistador ou numa seleção coletiva.

Assim, além do domínio das competências referentes ao cargo, dispor de habilidades emocionais, psicológicas, comportamentais e intelectuais potencializa ainda mais que o candidato seja contratado. Para isso, existe o Coaching, processo de aceleração de resultados e desenvolvimento que pode apoiar o profissional para que lide de forma melhor com processos seletivos.

Neste sentido, o auxílio de um Coach de Carreira, o profissional responsável por conduzir o processo de Coaching voltados para o alcance de resultados mais expressivos na profissão, além de apoiar na criação de um planejamento efetivo, pode dar ainda boas dicas que como lidar com a disputa por uma vaga, e indicar as melhores maneiras de se apresentar diante do recrutador.

Preparação é fundamental – Sempre, antes de ir para uma entrevista, pesquise informações referentes à empresa, e vá munido de referências. Esse embasamento é fundamental, pois demonstra interesse do candidato em saber sobre o local onde poderá vir a trabalhar.

Ouça na Essência – Preste atenção no que recrutador diz, não o interrompa quando estiver falando e busque fazer as etapas do processo de acordo com o indicado. Só responda aquilo que lhe for perguntado, isso ajuda a evitar que perca o foco e cometa alguma gafe.

Vestuário/Maquiagem e Perfume – Adapte o seu vestuário ao estilo da organização que está recrutando. Se for uma empresa mais formal, por exemplo, vá com uma roupa de acordo, evite acessórios e maquiagem chamativos, como também perfumes fortes.

Comunicação não – verbal – 55% de nossa comunicação é feita através de gestos, postura corporal, tom da voz, então é importante ficar atento para não demonstrar através destes sinais que está nervoso.

Sabendo desta informação, use este tipo de comunicação a seu favor, mantenha uma postura ereta, confiante, não exalte seu tom de voz e evite tiques, não fazendo gestos bruscos com as mãos e balançando pernas e pés, por exemplo.

Ciência e poesia na obra de Augusto dos Anjos



A poética científica na literatura teve uma certa força durante o século XIX no Brasil. Isso se deve ao fato de que, naquele período, a ciência entrou como uma oposição ao romantismo, movimento até então em voga na literatura tupiniquim.

O fim do romantismo criou s condições necessárias para a poética científica aflorar no país.
O Romantismo já estava com os dias contados e alguns poetas daquela geração chegavam a cultivar um certo desprezo pela poesia romântica. Machado de Assis tentou explicar esse desdém no ensaio A Nova Geração, em que o célebre escritor destacou que o lirismo pessoal de lugar a uma “ mais enervadora música possível”, bem como o avanço da ciência, que descortinou diante dos olhos dos artistas um mundo de descobertas e possibilidades estéticas.

Foi nesse contexto sócio-cultural que o poeta Augusto dos Anjos entreou em cena com os seus vermes e cadáveres pútridos.

Augusto dos Anjos viveu no período compreendido entre 1884 a 1914, no qual floresceu a poesia realista em suas várias facetas. De uma forma geral, a poesia parnasiana – representada por Olavo Bilac (1865-1918), Alberto de Oliveira (1857-1937), Raimundo Correa (1859-1911) e Vicente de Carvalho (1866-1924) – ocultou bastante um tipo de poesia que floresceu logo na terceira fase do Romantismo, com Castro Alves e Fagundes Varela, que ficou conhecida como poesia científica e teve dois grandes defensores: Sílvio Romero (1851-1944) e Martins Júnior (1860-1904), que almejavam construir "uma poesia científica".
Augusto dos Anjos continuou carregando a tocha dessa poesia científica e, não por acaso, é um dos nomes mais expressivos desse subgênero. É óbvio salientar que outros predicados devem ser atribuídos na obra dele. A escrita do cara era inovadora, precursora, provocativa e, sem exageros, antecipou alguns elementos da poesia modernista que deu as caras dez anos após a publicação do único livro do poeta, o Eu (1912).

Apesar do tom pessimista da maioria dos seus poemas e de conter termos que combinariam mais em um livro de medicina do que propriamente um poema, Augusto dos Anjos (1884-1914) permanece vivo na memória das pessoas.

1989 - O ano de Batman



Acredito eu que na virada dos anos 80 para os anos 90, quando algum executivo engravatado do cinemão mainstream levantava a mão em reunião para sugerir a realização de algum filme de super herói, esse indivíduo era sumariamente zoado pelos colegas. “Esse energúmeno só pode estar de trollagem”, imaginavam os colegas do indivíduo.

Tal reação de rejeição aos filmes de super heróis, por parte das cabeças pensantes da indústria cinematográfica, ocorreu basicamente após as experiências traumáticas com os últimos filmes da franquia Superman da era Christopher Reeve, que se tornaram verdadeiras bombas de ruindade e não chegaram nem na ponta da capa do primeiro filme dirigido por Richard Donner. Após o fracasso de crítica e público do Superman IV, falar no Homem de Aço para algum cineasta tinha o mesmo efeito de uma Kryptonita no café da manhã do Clark Kent. Outro motivo que inviabilizava a realização de algum longa-metragem de super herói foi a malfada tentativa da Cannon Films, que gastou um dinheiro que não tinha para tentar realizar um filme do Homem-Aranha.

Porém um produtor chamado Michael Uslan, desde o início da década de 80, acalentava o sonho de ver no cinema um Batman obscuro em uma Gotham City com cara de pintura gótica. Ou seja, tudo bem distinto do carnavalesco e barrigudo Homem Morcego imortalizado no seriado protagonizado por Adam West na década de 60. 

É interessante lembrar que, ainda no início dos anos 80, o mesmo Uslan foi um dos produtores do fiasquento filme do Monstro do Pântano, produção tosca dirigida por um Wes Craven ainda com pouco prestígio na grande indústria e ávido para conseguir alguns trocados e assim pagar as suas contas no final do mês.



As chances estavam contra Michael Uslan, que juntamente com os produtores Benjamin Melniker e Jon Peters, passou mais da metade da década de 80 investindo as suas forças para levar às telas um filme do morcegão, mas a imagem de um Batman engraçadinho ainda era forte no inconsciente coletivo, imagem essa que apenas passou a ser alterada a partir de 1986, quando Frank Miller publicou uma das mais importantes histórias em quadrinhos já lançadas: Batman - O Cavaleiro das Trevas.

 Para o papel do vilão Coringa, foi convocado o excelente ator Jack Nicholson, que aceitou o papel após uma série de exigências, tais como um salário bem elevado e até obter uma parcela dos lucros de bilheteria. O valor investido valeu a pena e Nicholson entregou um Coringa antológico. Não por acaso, alguns críticos até hoje afirmam que o filme não deveria ser chamado de Batman, mas sim de Coringa.


 

E pensar que no papel do palhaço criminoso estavam cogitados dois nomes igualmente fortes: David Bowie e William Defoe. Para interpretar Vicky Vale, o par romântico do milionário justiceiro Wayne, foi convocada a atriz Kim Basinger, que na época já havia atuado no sucesso Nove e meia semanas de amor.



Com o time montado e o alinhamento dos astros e planetas devidamente ordenado, Batman estreou no dia 23 de junho de 1989, ano em que o Homem Morcego criado por Bill Finger e Bob Kane completou 50 anos. Foi aí que o departamento de marketing da Warner entrou em ação e transformou Batman em um filme evento, gerando uma comoção no público semelhante ao que Star Wars e Harry Potter exercem entre os fãs.

Valeu a pena Michael Uslan ter acreditado no projeto e ter espantado a maldição de que filmes de super heróis equivalem a rios de dinheiro jogados pela janela. Pois Batman foi um grande sucesso de crítica e de bilheteria e aliado ao tom sombrio e a hipnotizante trilha sonora de Danny Elfman, resgatou os tempos áureos do super herói nos cinemas, algo que não se via desde aquele Superman de 1978.
Ainda que o roteiro altere a gênese original do herói, ao mostrar que Bruce Wayne ficou órfão pelas mãos do Coringa, o filme foi aprovado e caiu nas graças do público. Além disso, gerou mais sequências que, ao longo do tempo, foi perdendo o tom burtoniano de início e aos poucos foi se transformando em um festival colorido que contou até com a participação de Arnold Schwarzenegger (Mr. Freeze), Charada (Jim Carrey), Duas-Caras (Tommy Lee Jones) e os Batmans preguiçosos de Val Kilmer e George Clooney.

O filme dirigido por Burton foi a produção de maior bilheteria de 1989, faturou o Oscar de melhor direção de arte e fez Jack Nicholson gargalhar mais que o Coringa sob o efeito de óxido nitroso, já que o ator, além de roubar a cena, exigiu por contrato lucrar também com o rendimento da bilheteria.
 
É óbvio que, ao ser visto hoje, o Batman de 1989 apresenta alguns problemas que não chegam a estragar a obra, tais como alguns personagens mal aproveitados (o ator Jack Palance, por exemplo, entra mudo e sai calado) e cenas de ação um tanto desengonçadas (mas ainda assim mais compreensíveis que as epilépticas cenas de luta filmadas pelo Nolan na mais recente trilogia do paladino de Gotham).

Apesar desses detalhes ínfimos, a semente plantada pelo vigilante interpretado por Michael Keaton foi o incentivo para o surgimento de uma animação fodaralhaça do Batman, lançada em 1992, bem como catapultou de vez a carreira do Tim Burton e, não duvido nada, deu sinal verde para os hoje tão comuns filmes de super heróis.


O pensamento de Bauman na sociedade de consumo

Modernidade Líquida, Amor Líquido, Vida Líquida, Medo Líquido… Enfim, esses e outros títulos liquefeitos fazem parte da literatura de Zygmunt Bauman, sociólogo polonês que não hesita em apontar o quanto vivemos em tempos em que tudo, desde as relações humanas a aspectos materiais, é efêmero, passageiro, é, por assim dizer, líquido.

Com base em teses que retornam para o discurso crítico da “indústria cultural”, proferido por Theodor Adorno, Bauman sustenta que o ideal de “liquidez” permeia a atual sociedade, em outras palavras, “as coisas” não são necessariamente feitas “para durar”.

Porém se engana que só de água sobrevive a obra desse pensador, Bauman sustenta, em uma outra obra, Vida para Consumo, que a lentidão é a assassina em série das oportunidades, já que o imediatismo mantém vivos os impulsos da aquisição de novos produtos.
O sociólogo polonês reflete também sobre o consumismo em A Ética É Possível Num Mundo de Consumidores?, realçando que a vida de consumo é uma vida que se aprende de forma imediata, porém que se esquece em ritmo mais acelerado. Diante disso, Bauman afere que o consumista é o consumidor demasiadamente ativo, haja vista que ele sempre almeja as novas tendências e esquece de imediato das antigas, já que, caso não o faça, padecerá diante do “júri do estilo”.

Crise não, oportunidade de mudança sim

O ano de 2015 já mostrou que não se faz (e não se consome) jornalismo como se fazia em 1995. O primeiro semestre desse ano representou um soco no estômago do jornalismo old school.
Demissões em massa em redações jornalísticas de grande prestígio, revistas que fazem malabarismo para atingir o seu nicho de mercado e vários profissionais anunciando uma era de trevas para a profissão são apenas algumas características do atual cenário de crise. No entanto, são justamente nos momentos de crise que surge a hora da reinvenção. Sendo assim, o atual momento do jornalismo é marcado pela reinvenção.

Essa reinvenção é necessária porque já é evidente que o modelo de mídia tradicional fica comendo poeira quando comparado ao modus operandi da era pós-modem ADSL em que o mundo atravessa. Atualmente o mundo é uma imensa aldeia online em que rádio, TV, jornal se convergem em um universo virtual. E é nesse quesito que o jornalismo precisa se reinventar, até porque, em tempos onde imperam facebook, twitter e demais redes sociais, qualquer ser conectado se transforma em um emissor de notícias.

Diante disso, mais do que conhecer e dominar as ferramentas, o atual profissional de comunicação da era digital deve conhecer os novos influenciadores, as novas oportunidades de exploração de viabilidade para seus clientes e um novo contexto onde um jornalista formado e com mente apurada pode representar algum diferencial.

O jornalista do futuro, ou melhor, do presente, deve encarar o mundo multimídia, saber planejar, estruturar planos de comunicação, ter noção do que são (e para que servem) redes sociais e, não menos importante, encarar o momento de crise como uma oportunidade.

No olho do furacão estão aqueles jornalistas que não se prepararam para evoluir ou que olhavam para o meio digital como um horrendo alienígena prestes a ser combatido. Se antes o sonho de muitos jornalistas era o de trabalhar em grandes veículos, atualmente o sonho de muitos jornalistas é atuar em um canal independente onde seja possível suprir determinados nichos não explorados convencionalmente.

Hoje vivemos  na idade mídia, vivemos na era em que os aplicativos se proliferam tão rápido quanto o mais avançado celular do momento sai da loja já se tornando o aparelho mais obsoleto. É nesse cenário de intensa velocidade que e a informação não apenas circula, mas que também está tão onipresente quanto o mito orwelliano do Grande Irmão. Aonde quer que você vá a internet estará junto, seja em um tablet, notebook ou smartphone. E é para esses novos meios móveis que parte do jornalismo deve ser direcionado.

É óbvio que, no Brasil, é um erro crasso deixar no passado de uma vez por todas os meios tradicionais como TV, rádio e jornal, mas é notório que o jornalista hoje deve também se sentir à vontade quando se depara no mundo virtual.

Portanto, é possível sim criar um novo ambiente que transpire inovação e, principalmente, informação. Afinal, se a crise está aí, é porque já é hora superá-la.