sexta-feira, 5 de junho de 2015

Crise não, oportunidade de mudança sim

O ano de 2015 já mostrou que não se faz (e não se consome) jornalismo como se fazia em 1995. O primeiro semestre desse ano representou um soco no estômago do jornalismo old school.
Demissões em massa em redações jornalísticas de grande prestígio, revistas que fazem malabarismo para atingir o seu nicho de mercado e vários profissionais anunciando uma era de trevas para a profissão são apenas algumas características do atual cenário de crise. No entanto, são justamente nos momentos de crise que surge a hora da reinvenção. Sendo assim, o atual momento do jornalismo é marcado pela reinvenção.

Essa reinvenção é necessária porque já é evidente que o modelo de mídia tradicional fica comendo poeira quando comparado ao modus operandi da era pós-modem ADSL em que o mundo atravessa. Atualmente o mundo é uma imensa aldeia online em que rádio, TV, jornal se convergem em um universo virtual. E é nesse quesito que o jornalismo precisa se reinventar, até porque, em tempos onde imperam facebook, twitter e demais redes sociais, qualquer ser conectado se transforma em um emissor de notícias.

Diante disso, mais do que conhecer e dominar as ferramentas, o atual profissional de comunicação da era digital deve conhecer os novos influenciadores, as novas oportunidades de exploração de viabilidade para seus clientes e um novo contexto onde um jornalista formado e com mente apurada pode representar algum diferencial.

O jornalista do futuro, ou melhor, do presente, deve encarar o mundo multimídia, saber planejar, estruturar planos de comunicação, ter noção do que são (e para que servem) redes sociais e, não menos importante, encarar o momento de crise como uma oportunidade.

No olho do furacão estão aqueles jornalistas que não se prepararam para evoluir ou que olhavam para o meio digital como um horrendo alienígena prestes a ser combatido. Se antes o sonho de muitos jornalistas era o de trabalhar em grandes veículos, atualmente o sonho de muitos jornalistas é atuar em um canal independente onde seja possível suprir determinados nichos não explorados convencionalmente.

Hoje vivemos  na idade mídia, vivemos na era em que os aplicativos se proliferam tão rápido quanto o mais avançado celular do momento sai da loja já se tornando o aparelho mais obsoleto. É nesse cenário de intensa velocidade que e a informação não apenas circula, mas que também está tão onipresente quanto o mito orwelliano do Grande Irmão. Aonde quer que você vá a internet estará junto, seja em um tablet, notebook ou smartphone. E é para esses novos meios móveis que parte do jornalismo deve ser direcionado.

É óbvio que, no Brasil, é um erro crasso deixar no passado de uma vez por todas os meios tradicionais como TV, rádio e jornal, mas é notório que o jornalista hoje deve também se sentir à vontade quando se depara no mundo virtual.

Portanto, é possível sim criar um novo ambiente que transpire inovação e, principalmente, informação. Afinal, se a crise está aí, é porque já é hora superá-la.

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