sexta-feira, 5 de junho de 2015

O pensamento de Bauman na sociedade de consumo

Modernidade Líquida, Amor Líquido, Vida Líquida, Medo Líquido… Enfim, esses e outros títulos liquefeitos fazem parte da literatura de Zygmunt Bauman, sociólogo polonês que não hesita em apontar o quanto vivemos em tempos em que tudo, desde as relações humanas a aspectos materiais, é efêmero, passageiro, é, por assim dizer, líquido.

Com base em teses que retornam para o discurso crítico da “indústria cultural”, proferido por Theodor Adorno, Bauman sustenta que o ideal de “liquidez” permeia a atual sociedade, em outras palavras, “as coisas” não são necessariamente feitas “para durar”.

Porém se engana que só de água sobrevive a obra desse pensador, Bauman sustenta, em uma outra obra, Vida para Consumo, que a lentidão é a assassina em série das oportunidades, já que o imediatismo mantém vivos os impulsos da aquisição de novos produtos.
O sociólogo polonês reflete também sobre o consumismo em A Ética É Possível Num Mundo de Consumidores?, realçando que a vida de consumo é uma vida que se aprende de forma imediata, porém que se esquece em ritmo mais acelerado. Diante disso, Bauman afere que o consumista é o consumidor demasiadamente ativo, haja vista que ele sempre almeja as novas tendências e esquece de imediato das antigas, já que, caso não o faça, padecerá diante do “júri do estilo”.

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